sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A ALMA DO REINO AMARELO


De como a alma da nação inscrita na Constituição fixa que o mais importante é a pessoa e depois dela a sociedade, vindo só depois o governo com as regras ditadas pelas pessoas e pela sociedade com o papel de respeitar o que foi escrito, mas que já estava no coração de todos.

E tanto que ninguém estava dando conta de que a princesa andava triste e estava emagrecendo. E ninguém dava conta, porque a tristeza da princesa e seu porte cada vez mais esguio, a tornava, cada dia mais bonita, mais delicada, uma boneca de porcelana, adornada com aquele vestido

“ A M A R E L O ”.

Mas nada fica, assim, deste modo, oculto, e um dia o Palácio “A M A R E L O ”, acordou espantado com a notícia de que a princesa estava doente.

Foi aquele tem-de-pá.

No Reino “A M A R E L O”, não podia haver tal escândalo. Era uma afronta, tudo equilibrado num esforço qualificado e sumamente reconhecido pela imprensa mundial, feito que foi segundo os fundamentos maiorais interfuncional.

Afinal aquele Reino passara por grandes transtornos anteriormente. Governos inconseqüentes, na visão de alguns. Depois numa tentativa de resolver tantas inconseqüências, as receita das facções que disputavam a solução eram mesmo autoritárias. Passou por uma longa fase de governos arbitrários, intolerantes e porque não, manipulados por tecnocratas que desrespeitaram toda a evolução anterior do povo. Na ânsia de imprimir modelo receitado de fora, comprometeram a criatividade de cada um, levando cada qual a ser tangido como gado, como se sem ferrão ninguém caminha para frente.

Depois de um movimento de arejamento nacional, com todo mundo indo para a praça pública, pedindo diretas mudanças, por fim, foi descoberta a alma da nação e inscrita no documento maior, para que todos soubessem que o mais importante é a pessoa e depois dela a sociedade, para que só depois o governo com as regras ditadas pelas pessoas e pela sociedade possa garantir o que passaram para o papel, mas que já estava no coração de todos.

Nesse processo todo, a adolescente Princesa significava o futuro de perspectivas esperançosas e altaneiras. Mesmo porque foi a sua geração de cara pintada que teve a coragem de voltar às ruas para reclamar contra quem havia descumprido o que estava naquele documento maior escrito, celebrado. Documento que era resultado do desejo sofrido dos quantos, por vidas, sangue derramado, prisões, torturas e refúgio em outros países, sonharam um pátria de respeito a cada qual na busca de sua felicidade pessoal e coletiva.

A princesa, a alma do Reino “A M A R E L O “ debilitada e então, como ficaria o resto?

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