De como é lugar comum que as mulheres tem uma capacidade de intuição que não pode ser desprezada.
- Põe tento, meu marido Jesuíno Põe tento. Tomara que não seja ninguém de muita importância, senão...
Dona Yone não terminou a palavra porque tropel de cavalos anunciava que tinham pessoas chegando. Correndo à porta, deram com soldados do Palácio.
O susto foi grande. Dona Yone deu um grito e chegou quase a desmaiar, mas o Jesuíno jardineiro manteve o controle, porque viu entre os cavaleiros aquele guarda do Palácio que já era o seu conhecido e que sempre o tratara com bondade nas vezes que ele tentara falar com o Rei.
E aí veio a ordem.
- Convocação do Rei para se apresentarem ao Palácio em audiência pública.
- Não há de quê, quando?
- Agora!
Numa situação dessas, não há quem não fique com receio. Além disso, queira pelo menos se arrumar melhor.
- Mas sem trocar de roupa? Perguntou a mulher, para esconder o medo.
- Sim! De jeito que estão.
- Não há de quê, que estão nos levando presos?
- Não! Escoltados, com honra, por ordem direta do Rei.
- Assim, com roupa de trabalho, com pano na cabeça?
- Sim!
Nisto chegou a carruagem para levar o casal
Lá se foram os dois, com o coração na boca. A carruagem ladeada por duas filas de cavaleiros. Na frente o arauto do Rei, com aquela sua corneta na qual estava amarrado aquele lenço “A M A R E L O” .
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