sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SURGE UMA MULHER NEGRA


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De como a mulher tem um valor todo seu e quando o descobre e o aceita acaba, para o bem de todos, ocupando o seu devido lugar.

Resolvida a questão do Manto, o Ministro Jardineiro, fez outra recomendação o Rei:

- Não há de quê, Majestade, que não pode recair no ombro de um só, todo o peso da administração do Reino, que Rei é para Reinar, Ministro é para presidir o Conselho, mas tem que ter quem há de executar as ordens do programa do governo, ou seja administrar realmente, de tal forma que, Majestade, sugiro, na minha condição de Conselheiro, que se nomeie um administrador, assim duas, ou três cabeças vão administrar melhor o Reino.

O Rei limitou-se a sorrir, levantou com toda autoridade o Cetro “A M A R E L O”, que tinha mesmo de ser amarelo, porque era de puro ouro, concordando.

- Não há de quê, Majestade, sendo que tenho a autoridade de nomear, quero nomear o Tônico de Oliveira, o guarda que sempre acreditou em mim, para ser o meu executivo.

O Rei ordenou que fosse chamado o Guarda. Este chegou ressabiado. Tomando conhecimento da nomeação, declinou, dizendo que o seu papel era mesmo de Guarda e que se sentia muito honrado em servir o Rei e agora ao seu amigo Ministro Jesuíno, mas que não tinha outro talento não.

Foi aquele impasse. À primeira vista, o Ministro Jardineiro nem sabia escolher os seus auxiliares

Mas o Ministro não se perturbou e ficou esperando que seu amigo, o Guarda, acrescentasse alguma coisa, como se já estivesse combinado anteriormente.

Depois de algum tempo, o Guarda pediu licença e falou:

- Se não for um abuso de minha parte, eu gostaria de indicar uma pessoa que tem se mostrado ao longo de toda vida uma pessoa sensata, ordeira, econômica, fiel, sensível, amiga, solidária, muito produtiva quanto enérgica, portanto, muito sábia e que já está prestando serviços ao Reino.

O Rei ordenou:

- Decline o seu nome!

- Trata-se de Débora de Oliveira, minha esposa e dama de honra da Princesa Luciene.

O Rei levantou o Cetro “A M A R E L O ” em aprovação.

Os presentes, então, passaram a supor que aquela fora uma estratégia do Jardineiro Ministro para não ofender a maioria daquele Reino, que até então sempre tivera à frente apenas homens e nunca tivera ninguém amorenado, da raça negra mesmo, à frente dos negócios.

O Ministro Jardineiro justificou:

- Não há de quê, que as mulheres já são mesmo a maioria no Reino e hora de tomar o governo na mão, que mulher é quem sabe por a mesa sem desconsiderar ninguém e cuidar dos filhos.

E nem tocou no assunto de raças. Então não era simples suposição, ali estava um estrategista respeitável.

E o Rei terminou a audiência dizendo que o Reino, doravante, que a palavra doravante era a mais apropriada, será como um Campus Universitário de Talentos, sob a reitoria do Ministro Jesuíno da Silva, o Jardineiro, para descobrir, despertar, fazer desabrochar e exercitar talento de cada um, para que cada qual brilhe no brilho de seu singular talento e com brilho de cada um e de todos, numa felicidade geral, todo reino se engrandeça.

E assim começou um novo tempo naquele Reino.

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