sexta-feira, 18 de setembro de 2009

OUTRA VEZ O ESCRITOR

De como manda a ética do Nazareno dar crédito a quem tem crédito, tributo a quem tributo, louvor a quem louvor, honra a quem honra e que esta é a forma para colocar a inveja no seu lugar.

É muito bom ser agradecido. Eu cheguei a ler e ter todos os livros de Malba Tahan e pode ser até que ele seja um dos jardineiros de minha vocação. Ao longo de minha vida, usei muito de suas histórias nos vários discursos que fiz. Suas lições de vida, também me foram muito úteis.

Mas eu quero ressaltar uma outra pessoa e dizer porque eu dei o nome de Jesuíno ao Jardineiro que acabou sendo Ministro. É que comecei a trabalho num Banco aos dezenove anos e caí exatamente na mão de um procurador daquele Banco que se chamava Jesuíno. Ele me compreendeu deste o primeiro instante. Ficamos amigos pela vida toda. Soube logo que ele gostava, também, do autor do Homem que Calculava e lhe mostrei o interesse meu por aquele autor e lhe contei que o fiquei conhecendo pessoalmente em Caio Martins, além de lhe contar que o meu desejo de escrever, o que era mesmo o que eu mais queria fazer na vida. Ele ficou muito contente e me presenteou com a sua coleção encadernada daquele autor.

Mantive essa coleção por quase toda vida, mas acabei dando de presente a uma estudante que quer fazer jornalismo, porque ela tem um dom especial para escrever com humor e foi a maneira, como aconteceu com o Jesuíno em relação a mim, de mostrar para ela a minha aprovação. O nome dela está nesta história como o nome da cabra, por uma questão, mesmo de humor.

Se eu fosse contar cada história de cada nome que coloquei nos personagens, seria outra história. Quero que fique, registrado, portanto que foi a maneira de agradecer e homenagear a cada um.

E Malba Tahan, na presença do então Deputado Manoel José de Almeida, criador das Escolas Caio Martins, hoje uma Fundação (FUCAM), terminou a sua história perguntando a todos nós:

- Então, já temos o amarelo, o verde e azul, o que mais falta?

Claro que havíamos ficado no ar. Mas ele concluiu:

- Falta a cor branca, o dístico positivista de “Ordem e Progresso” e as estrelas que indicam os Estados Brasileiros. Então o que temos?

E todos gritamos numa só voz:

- A Bandeia Nacional.

Jamais me esqueci dessa cena e das lágrimas que corriam nos olhos do Deputado Manoel José de Almeida e de sua esposa Dona Márcia de Almeida. Como devo a esse casal... Aí já se fica sabendo o nome do Rei e da Rainha.

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