sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SOBRE O AUTOR

Nasceu em Ibiá, Estado de Minas Gerais, cidade da Região do Alto Paranaíba, durante a segunda Mundial, no dia 12 de abril de l940, ao tempo em que aquela cidade era entroncamento da estrada de ferro, antiga Rede Mineira de Viação. O ramal vinha de Garças de Minas que por sua vez era entroncamento entre o ramal da Capital Mineira, Belo Horizonte e do que ia para Barra Mansa, Rio de Janeiro. De Ibiá partia um ramal em direção a Goiandira, GO, fazendo ligação com a Estrada de Ferro Goiás e outro para Uberaba, no Triângulo Mineiro, fazendo ligação com a Estrada de Ferro Mogiana, com São Paulo, deste com Santos. Portanto, com terminais marítimos, via Rio e Via Santos. Então com o mundo.

A importância da cidade como entroncamento e na vida do autor ficou bem delineado no seu pequeno trabalho "Ternura, O Canto da Maria Fumaça”, publicado, pelo primeira vez no Jornal de Ibiá.

Por causa de seu pai Antônio de Castro Andrade, a sua mãe Lourdes Couto de Andrade, lhe deu o nome de Antônio, querendo, na verdade, que ele fosse chamado de Toninho. Toninho ele foi durante toda a infância e ainda o é pelos familiares do lado de seus pais e das pessoas mais íntimas que conviviam com eles e convivem com seus irmãos, primos e sobrinhos, de tal tronco familiar.

Estudante na Escola Caio Martins, no Curso Normal Rural, Esmeralda Minas Gerais, sob a direção de Manoel José de Almeida, que tinha a orientação pedagógica de Dona Helena Antipof, afora o apelido, tornou-se o Couto. Um pouco antes de ser eleito Aluno-Diretor com apenas 16 anos de idade, passou a ser o Sô Couto. Formado ali professor rural, virou o Professor Couto e como tal chegou a Uberlândia, para dirigir o setor educacional da Fazenda Escola Rio das Pedras, por instância da grande educadora Eunice Weaver, Presidente da ABAMA, através da qual criou daquela instituição hoje Fundação Municipal de Ensino Rural.

No Liceu de Uberlândia, onde fez o Curso Ginasial e Técnico de Contabilidade e como bancário junto ao Banco da Lavoura de Minas Gerais, voltou a ser o Couto.

Vereador pelo MDB, eleito em 1966 com mandato sem subsídio, a não ser apenas por um ano e sem nenhum assessor parlamentar, aliás ele é que assessorava graciosamente os demais vereadores, até janeiro de 1971, ao mesmo tempo acadêmico de Direito da Faculdade de Direito de Uberlândia, sob a direção do Dr. Jacy de Assis, ficou sendo, o Vereador Couto.

Formando em Direito e exercendo a profissão com banca em Uberlândia, apesar de nunca ter dado conta do valor do título, (só o desembrulhava para tirar alguma imperiosa xerox) ficou sendo o Dr. Couto. Apelido que lhe ficou mesmo depois que entendeu abraçar somente o mundo literário, como estimulador de autores, enquanto produz e divulga sua própria obra.

Casado, pai de família, no rol da esposa, era o Antônio da Mary. Divorciado, é o ex-marido da Mary. No círculo dos filhos, ora é o pai do Kleber, pai da Kellen, pai da Karen ou pai da Ariane e agora é o avô do Pedro Paulo e, na medida que vai nascendo netos, passa a ser avó de cada um deles, assim sendo reconhecido no rol de cada qual. Recentemente voltou a ser o Toninho no cuidados dos irmãos que lhe criou um modus vivendi só para escrever.

Nos seus livros Linimento,( A grafia é em homenagem ao falar do mineiro, que transforma o e em i, como em minino, quando seria menino), Prospectiva, Eleições Diretas, Constituinte Assembléia Permanente do Povo, estes dois últimos pela Companhia Editora Nacional, com dez mil exemplares cada, assinava A Couto de Andrade. Manteve a mesma assinatura em a “Liberdade das Rosas” e quis ficar somente como Couto de Andrade em “Ensejo de Ser Gente”, mas aquele nome literário iniciado com a letra “A”, acabou por prevalecer.

Escritor por missionamento, definiu-se e desde a adolescência, descoberto que foi por seus professores de “Língua Pátria”, já no curso Primário e sempre saudado como bom prosador na escrita e na fala, por seus professores e colegas do Curso Normal Regional Caio Martins, foi eleito “orador da turma de 1957”. Escreveu o seu primeiro impublicável “romance” Missionário de Araque, aos dezenove anos, apenas para confirmar para si mesmo que era realmente escritor. Só veio a surpreender o seu amigo escritor e historiador Antônio Pereira da Silva, depois de quatro anos de convivência, afirmando que também era escritor sem, evidentemente informá-lo de que já tinha escrito o seu segundo “romance” “Retortas de Vida”, do qual, foi, em 1982 publicado pela primeira vez um trecho sob o título de “Eleições Diretas”, agora já em terceira edição, beirando os vinte mil exemplares. Fora no tempo em que Antônio Pereira da Silva estava fazendo gestões para criar o Grupo Evolução, primeira manifestação coletiva de produtores culturais de Uberlândia, em l965, do qual, então, passou a fazer parte. Daí, com Antônio Pereira da Silva, Cônego Antônio Afonso, Dr. João Édson de Melo, Dr. Régis Elias Simão e outros menos conhecidos, participou da fundação e redação do Jornal “Tribuna de Minas”, um dos motivo da birra de seus familiares, por parte da esposa, contra o “escrever”, porque, no dia do noivado, já de terno e gravata, enquanto não fechou a Edição do Jornal, demorou, por demais, a comparecer à casa da noiva, já cheia dos amigos evangélicos da Igreja Presbiteriana Central de Uberlândia, liderados pelo Reverendo Walder Stefen que faria a bênção das alianças.

Com a publicação do Código de Processo Civil de 1973, logo passou a fazer parte do grupo de processualistas sob a liderança do Dr. Jacy de Assis, conhecidos como Escola Processualista do Triângulo, entre os quais surgiu a primeira seção do interior do Instituto dos Advogados de Minas Gerais e para o qual foi eleito defendendo a tese “Medidas Cautelares” como ação, fazendo parte da Comissão que o aprovou o hoje célebre jurista Dr. Humberto Theodoro Júnior. Este ainda não tinha publicado o seu livro sobre aquele tema. Instado a publicar trabalhos sob tema processual, sempre se esquivou a fazê-lo, mas chegou a fazer parte do rol dos colaboradores da Revista de Critica Judiciária, de iniciativa do processualista Dr. Édson Gonçalves Prata, editada pela Forense, Rio de Janeiro, em que, em uma de suas edições, foi publicado apenas um polêmico trabalho seu sobre a Concordata Rural, Rio de Janeiro.

Nunca quis publicar cedo. Só queria fazê-lo após os seus quarenta anos, mas foi compelido a publicar em l978, por instância do seu venerado amigo Licydio Paes que queria conhecer um livro seu antes de morrer. Apesar da rapidez com que procurou publicar Linimento, dedicado ao referido jornalista não satisfez o desejo dele, mas aprendeu a lição de que ninguém escreve para si mesmo. Com esse livro foi eleito para a Academia de Letras do Triângulo Mineiro, com sede em Uberaba, Minas Gerais, exatamente por respeito ao seu compelidor.

Convidado duas ou mais vezes pelo Dr. Jacy de Assis para lecionar Direito Civil na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, não quis aceitar, entendo não ter contribuição a dar e para repetir os doutores da área, outros poderiam fazê-lo, mas chegou a ser apresentado, pelo próprio Dr. Jacy de Assis em duas classes, no início de um ano letivo, como Vice Diretor do Curso de Extensão em Direito Processual, da Universidade de Uberlândia, o que não se efetivou por questões de políticas internas, então, daquela instituição.

Depois de seu mandato de Vereador, sempre na condição de membro da Mesa Diretora e indicado pelos próprios Presidentes para dirigir Seções Solenes, nunca mais exerceu mandato eletivo e nem ocupou cargo público, tendo, no entanto, sido candidato a diversos postos legislativos, até mesmo a Senador (acabou figurando num chapa de candidatura ao Senado,como segundo suplente, uma vez a Vice-Prefeito. No pleito de l996, novamente chegou a participar de uma chapa como Vice-Prefeito, tendo renunciado, logo no segundo dia. Não logrou eleger-se, mas nunca se sentindo amofinado por isso, em razão do respeito que tem pelos eleitores, os verdadeiros protagonistas das eleições, e por se sentir sempre obrigado a levar-lhes suas teses em praças públicas.

Seu livro “Constituinte Assembléia Permanente do Povo”, teve uma repercussão além do que podia esperar, provocando, porém, uma cortina de silêncio e ostracismo nos meios acadêmicos de Uberlândia, onde jamais chegou a ser lançado, o que lhe valeu uns quilos a mais para digerir a indigesta frieza.

Recentemente juntou-se a uma plêiade de intelectuais de Uberlândia para, sob a liderança da escritura Martha de Freitas de Azevedo Pannunzio, fundar o IAT, Instituto de Artes, Cultura e Ciências do Triângulo, entidade que já, em poucos meses, marcou o seu espaço e se fez respeitada.

Mais recentemente, lecionou “Ética Cristã” e “História da Filosofia” para o Curso de Teologia da Faculdade de Educação Teológica do Triângulo Mineiro, com sede em Uberlândia.

Num mundo em que prevalece as ações consistentes – o que dá certo, é copiado, repetido à exaustão só sendo bem visto quem entra na onda, ou seja se despersonaliza – o caminhar do autor é determinadamente, pelo que parece, na contra mão. Talvez aí a coincidência de seu nascimento no tempo da guerra, num pais que tinha oscilado entre as forças autoritárias e democráticas, só a custo aliando-se a estas, numa cidade de entroncamento ferroviário que mesmo sendo da Rede Mineira de Viação, chamada carinhosamente de Ruim Mais Vai, era o tipo de transporte mais moderno da época, e a variação de nome como que é lembrado nos vários estágios de sua vida, e trazido para Uberlândia, cidade que se fez e se faz, pode trazer alguma luz sobre o seu possível papel nesta vasta guerra branca da globalização, em que apesar do predomínio do que JOHN NAIBITT, chama de “Domínio Econômico”, o mesmo autor afirma que é tendência insofismável a preservação da “identidade cultural” e do caráter de cada povo”, com o que confirma a batalha de vida do autor: OS BRASILEIROS, SOMOS UM POVO ALEGRE, CORDIAl,,RESPEITOSO E SOLIDÁRIO.

O autor está aí com sua proposta que se espelha na sua vida. No alvorecer do novo milênio, um entroncamento da nova civilização, o futuro dirá como será ele conhecido pelos contemporâneos e por seus pósteros.

Entendendo, tal como o autor entende, que estamos aqui é para trocarmos bênçãos, tema do livro “O Fantasma Amarelo e a Rosa Azul”, que Antônio Pereira da Silva, sugere denominar-se “O Segredo da Princesa” então será possível que tenha ele contribuído com um moto para que a terceira palavra da revolução francesa, a fraternidade, venha a ser estabelecida no mundo jurídico. Certo que ela não o foi até agora, permanecendo apenas no campo moral. Poderá, no entanto, tornar-se o apanágio do novo estágio civilizatório, vindo-se a estabelecer a equanimidade. De tal sorte que, quem muito colha, não colha demais e quem pouco colha, não colha de menos, pois somos fraternalmente uns pelos outros, inapelavelmente, estando todos com a mesma sorte traçada. As contundências, os extremos são decorrências do medo. Medo disfarçado em preconceitos, não se respeitando a verdade de casa um, tema do livro “A Voz de Cada Um”, com o subtítulo “Dos Sapos do Durval Ao Sapo Barbudo”. As soluções possíveis dependem, na visão do autor, de apenas superar o medo, porque, como aprendeu, desde o berço, na suas indispensáveis leituras bíblicas, o perfeito amor afasta o medo. É que estamos aqui, exatamente para aprender das coisas do amor, tema do “Enterro do Anjinho”, publicado na Revista Convergência da já mencionada ALTM e da trilogia do “Kaxambah”. Pois é pelo amor, o supremo bem ( a fé, a esperança passarão, só o amor não passará – I Cor. 13 - ) que seremos julgados.

Nota: Não falta quem reprove o autor por acentuar-se, para deixar induvidável seu posicionamento.Nem durante o governo militar e em aduiências judiciais, deixou tal procedimento em momento algum. Apesar da irritação que sempre produzia (a palavra dura, suscita a ira, a palavra branda aplaca o furor,como está em Provérbios), sua firmeza e por fazer questão de não simular e nem parecer simulado, grangeou sempre respeito. Foi o que aprendeu com o KAXAMBAHA e sua indefectível ROSA. Sim a ROSA, tem espinhos. Ela não os disfarça. Estão bem à mostra. A questão dos espinhos é problema de quem aprecia e valoriza a ROSA.

Ah1 Um tanto pormenoridade sobre o autor... É que ele, prefere despertar má impressão, do que mistificar-se. Ele sabe, tendo aprendido com o Kaxambah, que o conviver repara tudo. A aparência é passageira, o caráter fica. Aliás ele apenas se sente sintonizado com o seu Deus e com o filho do amor d Ele, Jesus. Aquele disse a Moisés: “EU SOU O QUE SOU”. Este disse à mulher Samaritana no poço de Jacó: EU O SOU.

Ê, num mundo em que conta é a aparència, primar pelo SER, é assustador. Mas como descansa depois é produz uma confiánça duradora!

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