De como a insônia pode ser um meio para ser encontrada solução para tormento da vida pessoal ou mesmo de um povo, como no ditado popular de há males que bem para bem.
Preocupado, indormido, foi distanciando do seu Palácio “A M A R E L O”. Acabou entrando no seu bosque de caça. Só não se perdeu nele, porque encontrou-se com o Jesuíno jardineiro.
O Rei nem sabia que era Jesuíno e nem que era jardineiro. Era uma pessoa que estava ali bem cedo, concentrado num trabalho ao seu modo tão importante, que não deu pela presença do Rei. Afinal o Rei ali na presença do jardineiro, nem parecia rei mesmo porque não estava com roupa de Rei e nem com o Cetro “A M A R E L O”. E quem era rei ali era o Jesuíno no seu sonho de produzir a Rosa Azul, como Rei veio a saber.
E o Rei vendo a concentração do jardineiro no seu trabalho, distraiu-se um pouco de sua preocupação e até se esqueceu de que era Rei. Ficou um tempão olhando o Jesuíno trabalhar, cuidando de um vaso aqui, outro ali, conversando com as plantas, até que o ouviu falar com aquela planta, bem mais à esquerda, ainda sem flor alguma, com um carinho do tamanho do mundo, dizendo que breve ela iria presenteá-lo com a Rosa Azul da felicidade, que era o seu querer de toda a vida.
Então o Rei se lembrou de que uma vez ouvira falar de um desmiolado que sonhava criar uma rosa azul. Onde já se viu tanto desmiolamento, rosa é rosa, quando muito, rosas vermelhas e de outras cores mais próximas do rosa. E ele Rei, então, com dó, para evitar que os meninos apedrejassem aquele doido, determinou lhe fosse cedido uma das cabanas do bosque, para ali, morar de favor. E de repente, sem rumo como estava, rumou para aquela cabana. Estava bem no pequeno caramanchão, onde aquele doido passava a maior parte do seu tempo, fixado em produzir a rosa azul.
Na sua insônia o Rei foi no rumo do Sonho do Jesuíno jardineiro. Sempre ouvira dizer que sonho não leva a lugar nenhum, não é prático, não faz parte do “A M A R E L O ”, não enriquece de coisas. Mas estava bem ali experimentando um tipo de riqueza que até então desconhecia. Tão rico era o sonho que o Jesuíno jardineiro não dava importância alguma para o Rei e nem ligava alguma para ele como todo mundo fazia. Ou melhor, fazia o Rei ficar quieto na sua condição de Rei, para dar importância ao Jesuíno na sua condição de jardineiro.
Que rumo!
Estou sumamente surpreendido, por que não admirado?. Não criei o Blogue Kaxambah. Hoje o descubro. Nem sei como administrá-lo. Ajudem-me. O personagem não foi criação minha. Convivi realmente com ele em 1958. Ele falava numa comunidade A FRATERNIDADE DA ROSA. Entendo que ele quer dizer que há pessoas, pelo mundo inteiro que se alimenta das realizações do amor e por isto compartilham esperança. Assim, alguém quer que nos aproximemos e multipliquemos nossa esperança com as realizações do amor. Se for isto, vamos em frente. Grado. Couto.
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